terça-feira, 26 de julho de 2011

REFLETINDO O PASSADO


ELE CREU NO MENINO

Há muitos e muitos anos, no passado,
o povo hebreu, que a Deus havia deixado,
trocando-O por deuses débeis e vãos,
levado foi para Babilônia cativo
e lá permaneceu por muito tempo inativo,
conduzido que foi por outras mãos.

Embora em cativeiro, o povo hebreu, no exílio,
continuava a receber de Deus o auxilio
para contar as saudades que tinha de Sião.
E assim renasce no coração dos eleitos
a lembrança de Deus e de seus feitos,
e por isso o Redentor lhes fala ao coração:

“Dentre todos os povos vos tomarei
e de todas as nações vos congregarei;
levar-vos-ei de volta à Canaã.
Com água pura vos farei lavados,
e com imundície jamais sereis contaminados.
Mais alvos ficareis do que a branca lã”.

Diante da promessa divina
o povo eleito pensa e logo atina:
necessária se faz com Deus a comunhão.
E assim, porções proféticas são estudadas.
Para tanto, sinagogas são logo criadas,
onde o povo de Deus as Leis aprenderão.

Cumprindo-se do tempo a plenitude,
cumpriu-se também de Deus real virtude,
e Israel regressa à Terra Prometida.
Já no solo pátrio, o povo ingrato
esquece-se de Deus e do recente ato,
olvidando, inclusive, da promessa já cumprida.

Contudo, uma promessa havia que até o momento
não se fizera cumprida a contento,
da qual muitos hebreus se haviam esquecido.
Era o nascimento do Messias,
que estava por acontecer naqueles dias
– o Messias por Deus tão prometido.

Não obstante o quase total esquecimento,
poucos havia que, por discernimento,
acreditavam na promessa fiel.
Dentre os poucos que assim faziam
estavam Simeão e Ana que, com fé, diziam
veriam com seus olhos o Senhor do Céu.

E assim, tendo no templo entrado,
pelo Espírito Santo para lá levado,
Viu, então, Simeão a bela criança.
E cheio de fé – da Promessa um paladino,
Toma em seus braços o Deus–Menino
e começa a falar da divina esperança.

Esperança que, com seu próprio sacrifício,
de Deus sacerdote no divino oficio,
traria a paz a todos quantos O buscassem.
Seria Ele a luz para todas as nações,
iluminando os pobres e contritos corações
dos que, com arrependimento e fé, n’Ele confiassem.

“Agora, ó Deus, despede em paz o Teu servo,
pois desde tempos atrás eu conservo
a esperança de ver este Pequenino”.
Assim dizendo, e cheio de alegria,
Simeão parte naquele mesmo dia,
pois, pela fé, ele creu no Menino.

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