A Palavra de Deus nos ensina que há dois caminhos: Um largo
e espaçoso e um outro estreito e cheio de dificuldades para caminhar. Aquele
tem uma peculiaridade: leva à perdição; este último conduz à vida eterna. Foi
Jesus quem nos falou sobre estes dois caminhos. Todavia, ele nos assegura que
um desses caminhos é o verdadeiro, pois esse caminho é ele mesmo: “Eu sou o
caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).
Ensinando aos seus discípulos, ele afirmou: “Entrai pela
porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à
perdição, e muitos são os que entram por ela” (Mat. 7.13). A porta para entrada
nesse caminho é larga, porque há muitos atrativos que falam aos sentimentos
carnais, portanto naturais do ser humano: Sexo, riquezas, comodismo, por
exemplo, são próprios e têm muito a ver com os desejos que fluem à flor da pele
no ser humano. Espaçoso, porque, uma vez nele, esses atrativos aumentam, assim
como são oferecidos recursos engenhosos para prender o ser humano nele, a fim
de fazê-lo permanecer nele. Alguns recusam as drogas, outros se atiram a elas;
alguns recusam riquezas, mas entregam-se ao comodismo; outros recusam viver na
banalidade do sexo, mas se esquecem de Deus e perambulam pelo caminho espaçoso,
admirando os atrativos e prestando homenagem aos que a eles se entregam. Por
fim, são conduzidos à morte, sem que bem o saibam, e só na eternidade é que irá
descobrir, sem possibilidade de arrependimento, que escolheu o caminho errado.
Sobre o caminho estreito, Jesus afirmou: “e porque estreita
é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a
encontram” (Mat. 7.14).A renúncia aos prazeres que o mundo oferece é algo problemático. Basta ler o livro O PEREGRINO, de autoria de John Bunyan, para entendermos este dilema. Poucos encontram esta porta estreita. E alguns há que a encontram, mais, vendo as dificuldades e os embates que surgem pelo caminho, acabam sucumbindo como a semente que brotou, mas logo feneceu sob pressão do sufocamento a que ficou sujeita, ao iniciar sua caminhada. Aliás, esta parábola de Jesus – Lucas 8. 5-8 – nos informa que todas as sementes lançadas pelo semeador brotaram; mas somente uma se desenvolveu e deu frutos, o que nos faz entender que o caminho estreito é uma realidade eterna na vida efêmera do ser humano. Ao fazermos a escolha, temos que ter em mente que ela é para ‘longo prazo’. Seus efeitos serão sentidos com plenitude na eternidade. Se olharmos para trás, não seremos dignos de adentrarmos no Reino de Deus. Aquele que “lança mão do arado não pode olhar para trás” (Luc 9.62).
Nenhum comentário:
Postar um comentário