No céu, apenas uma estrela brilha.
É madrugada; e a Lua na plenitude jaz do seu reflexo.
Contudo, ainda que mavioso o céu,
ao longe vêem-se, qual negro véu,
densas nuvens,
E o poeta fica a olhar perplexo.
Quantas águas ali estarão?!
Talvez milhões de litros ou mais...
E as nuvens flutuam, levadas pelo vento.
A Lua não mais brilha então.
Agora o que se ouve é uma rude canção,
composta pelo ar em movimento.
Não mais se deixa ver a estrela.
...E o poeta, embevecido, fita
os olhos no céu, suspira e grita:
“Onde estás, ó Sol, que não te fito”?
E espera, espera... até que surge,
Como um leão que se levanta e ruge,
– sem ouvir-se o som do seu rugido –
o Sol que, qual gigante adormecido,
desperta, em resposta ao poeta aflito.
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