sábado, 6 de agosto de 2011

MANHÃ RADIOSA

No céu, apenas uma estrela brilha.
É madrugada; e a Lua
na plenitude jaz do seu reflexo.
Contudo, ainda que mavioso o céu,
ao longe vêem-se, qual negro véu,
densas nuvens,
E o poeta fica a olhar perplexo. 

Quantas águas ali estarão?!
Talvez milhões de litros ou mais...
E as nuvens flutuam, levadas pelo vento.
A Lua não mais brilha então.
Agora o que se ouve é uma rude canção,
composta pelo ar em movimento. 

Não mais se deixa ver a estrela.
                        ...E o poeta, embevecido, fita
os olhos no céu, suspira e grita:
“Onde estás, ó Sol, que não te fito”? 

E espera, espera... até que surge,
Como um leão que se levanta e ruge,
– sem ouvir-se o som do seu rugido –
o Sol que, qual gigante adormecido,
desperta, em resposta ao poeta aflito.

                                   Wilson Carlos S. Lima

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