Por que “Fuga de Roma”? Tenho pensado a respeito do comprometimento do cristão verdadeiro para com as Escrituras. Traduções e propostas de revisões e atualizações que muitas vezes complicam ainda mais o sentido do texto abordado. A questão dos apócrifos tem sido muito debatida, mas pouco pregada a Palavra inspirada com a convicção de que ela “jamais tornará para o Senhor vazia”. É tempo, pois, de repensarmos o assunto e produzirmos um texto que seja verdadeiramente fiel ao texto autógrafo.
sábado, 16 de junho de 2012
Igreja Batista da Madeira - Portugal: Boa Semente: Salvo pelo Cordeiro
Igreja Batista da Madeira - Portugal: Boa Semente: Salvo pelo Cordeiro: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo; O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados . Jo...
domingo, 10 de junho de 2012
O PERFIL DO PASTOR
O Dia do Pastor é uma data comemorativa como outra qualquer,
a menos que consideremos a instituição do ministério Pastoral como uma
instituição divina. Na verdade, ela não está presa ao ministério temporal de
Cristo, ou seja, enquanto Igreja militante, mas encontra-se no centro
escatológico do propósito do nosso Deus (v. 15).
Portanto, é Deus quem escolhe os pastores; É Ele quem os
dá à Igreja. Esta proposta revela-se, a priori, para a antiga “qahal”,
ou seja, a Igreja no deserto, enquanto povo de Israel. Todavia, no tempo de
Deus, a posteriori, tanto a Igreja no Deserto como a Igreja do Novo
Testamento haveriam de estar unidas em uma só congregação militante que seria
formada a partir de um grupo remanescente de Israel mais os gentios que
aceitassem a fé no Messias e se tornassem salvos pela graça nele revelada.
É o que entendemos do v. 14: “...porque eu sou o vosso
esposo e vos tomarei, um de cada cidade, e dois de cada família, e vos levarei
a Sião”.
Nos desígnios de Deus, Israel é a esposa amada, assim
como a Igreja militante, em Cristo, é a sua esposa amada.
Assim implicado, estas bênçãos não seriam para o Israel
rebelde; mas para o Israel obediente, que seria formado a partir de judeus e
gentios que obedecessem à fé em Cristo Jesus – a Igreja por ele fundada e
estabelecida. Portanto, o Dia do Pastor deve ser comemorado como um dia
histórico no calendário eterno de Deus.
Mas alguém poderia arrazoar: Se o Ministério Pastoral se
prende a tempos remotos, como na antiga qahal (Igreja no Deserto), como é que
Paulo, ao falar aos crentes de Éfeso sobre os dons legados pelo Espírito de Cristo
à Igreja, enumera os pastores por último, implicando, inclusive, que eles foram
dados à Igreja após o retorno de Cristo aos céus, logo, após o estabelecimento
dos doze apóstolos (4.11)? Sabemos, inclusive, que nem todos os apóstolos
chegaram a ser pastores. Alguns foram martirizados logo após iniciarem suas
viagens missionárias.
Por conseguinte, os pastores são dádivas de Deus à Igreja
antes mesmo que esta tivesse sido fundada e estabelecida por Cristo. E eles,
segundo a promessa de Deus para o remanescente, seriam capacitados para o
exercício de seu ministério. O conhecimento (dê‘ah) aliado ao discernimento
(haskêl) levaria um simples homem a uma posição de líder de um grupo seleto,
escolhido por Deus em Cristo, que promoveria o Seu reino na terra até o dia em
que a Igreja será elevada às alturas para o encontro com o Senhor, nos ares,
permanecendo para sempre com o Senhor (1 Ts 4.16-17).
Ser pastor, portanto, é um grande privilégio, antes mesmo
de ser uma grande responsabilidade. Privilégio porque a vocação é do Senhor. É
Ele quem chama, capacita e honra o fiel ministro por Ele constituído para
apascentar o rebanho que Ele mesmo lhe confiou.
Mas, como implicamos nesta última fala, não deixa de ser
uma grande responsabilidade, pois sobre o pastor pesa algumas
responsabilidades:
1 – Ele é um Ministro da Palavra. Não se trata de um
ministério terreno, preso aos limites de espaço e tempo como ser ministro de um
governo, de uma pasta qualquer, junto a um rei mortal ou de um reino efêmero. Os
valores de sua pasta são valores eternos, e sua lide tem eco nos céus, de onde
sai a Palavra que jamais “voltará” para o Senhor “vazia”. Ser pastor é
colocar-se na brecha para tapar o muro que impede o avanço do mundo para dentro
da Igreja. Tudo que o pastor prega no púlpito de sua igreja será prevalecente
contra o inferno, contra a perdição e contra o próprio Inimigo.
2 – Ele é o porta-voz de um Reino eterno. Como anunciador
de boas-novas o pastor oferece ao mundo o modelo de Evangelho que prepara o
pecador para estar com Cristo em seu Reino por toda a eternidade. E isto é um
grande privilégio, pois, como diz a Palavra de Deus, “quão formosos sãos pés
dos que anunciam as boas novas”.
O pastor lida com pessoas que antes não tinham esperança
de salvação e nada sabiam sobre a responsabilidade do pecado em face da justiça
e do juízo divinos. Mas o pastor, como um arauto fiel, proclamando as boas
novas, propõe ao pecador a palavra de reconciliação. Ele diz ao mundo que
qualquer pecado não confessado e abandonado em Cristo servirá de peso para uma
justa condenação, segundo o padrão de justiça, verdade e santidade do Deus
Justo, Santo e Verdadeiro.
3 – Ele é um exemplo para suas ovelhas. Sua fidelidade
deve estar aflorada no compromisso de pregar a Palavra, sempre temperada com os
valores eternos da consolação e da exortação; da pureza e da verdade; da
salvação e do juízo sobre os que a rejeitarem. O pastor é um exemplo de vida,
de honestidade, de integridade, de moralidade, quando o mundo em que vivemos
tem buscado outros valores que estão na contramão dos valores contidos nos
atributos do nosso Deus.
Em suma, o
pastor deve ser achado fiel por Aquele que o chamou;
Ao militar
na grande batalha da Luz com as trevas, o pastor deve ser luz;
Ao buscar
temperar o ambiente que circunscreve sua igreja, o pastor deve ser sal;
Ao ensinar e
doutrinar a sua igreja, o pastor deve revelar conhecimento na Palavra e
discernimento a respeito dos dons dados pelo Espírito Santo à Igreja;
Ao procurar
a comunhão dos membros de sua igreja entre si, o pastor deve inspirar, tanto
quanto respirar comunhão com seu Deus e com suas ovelhas.
Ao promover
o Evangelismo em sua igreja, o pastor deve sentir paixão pelas almas perdidas;
O pastor
deve estar pronto a sorrir com os que estão alegres, e chorar com os que choram.
Concluindo,
o Dia do Pastor é o dia em que ele e a sua igreja lembram a sua chamada para o
ministério.
É o dia em
que ele e a igreja lembram o seu preparo teológico, indispensável, nesse tempo
de crises filosóficas e até mesmo teológicas, quando a mensagem de
arrependimento e confissão de pecados, condição sine qua non para se buscar
salvação em Cristo, está desaparecendo dos púlpitos, muitas vezes já
transformados em tribunas e palanques eleitorais.
É o dia em
que ele e sua igreja lembram a sua fé. Quantas vezes, irmãos que atravessaram
problemas humanamente impossíveis de solução, buscaram no pastor o socorro pela
oração. Pastor, ore por mim; ore pelo meu filhos, pela minha filha, por um
problema que estamos atravessando... E o pastor ora, com fé, e Deus responde,
trazendo a melhor solução para o problema apresentado naquele pedido de oração.
Hoje, mais
do que nunca, precisamos de pastores que vivam e respirem a fé comunicada
através das Escrituras. Pastores que sintam paixão pelas almas perdidas e que
aspirem pela vinda do Reino absoluto de Deus, com a vitória da Igreja de Cristo
sobre os poderes das trevas de modo cabal e eterno.
O amor e a
humildade também devem fazer parte das qualidades vistas pela igreja em seu
pastor. Para pregar amor, deve-se amar de verdade. Foi o que Jesus requereu de
Pedro. “Pedro, tu me amas (agapao) mais do que a estes”? E Pedro
responde: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo (fileo)”; Novamente Jesus
lhe pergunta: “Pedro, tu me amas (agapao)”? E Pedro novamente responde
com fileo. Jesus pergunta terceira vez: “Pedro, tu me amas (fileo)?
E Pedro responde: “Senhor, Tu sabes (oida) todas as coisas; Tu conheces (gnosko)
que eu Te amo (fileo).
Jesus
requereu de Pedro um amor maior do que o amor a quem sofreu e morreu diante de
seus olhos, sem que sequer declarasse amor pela solidariedade à sua morte. Ao
contrário, negou-o, diante das autoridades.
Jesus requer
dos pastores um amor maior a Ele. A visão da cruz não deve sair da memória do
pastor que prega a Cruz de Cristo. Na celebração da Ceia, o pastor deve mostrar
esse amor à Igreja, para que, os incrédulos que porventura estejam presentes,
possam encontrar na mensagem da celebração a sua oportunidade de salvação.
Lembro-me de
certa vez, quando ministrava a Ceia do Senhor, logo após explicar seu
significado bíblico para a igreja, uma jovem veio à frente, chorando,
confessando que estava aceitando o Senhor Jesus como seu Salvador.
O pastor é
um Homem de Deus. Suas mensagens são oriundas dos céus. E nunca voltam para lá
sem que produza frutos para a eternidade.
A
responsabilidade é grande; Porém, maior é o privilégio de ser pastor,
vocacionado por Deus para um ministério santo, fruto de uma santa vocação.
Que Deus
abençoe a todos os pastores neste dia em que se comemora o Dia do Pastor no
calendário eterno de Deus.
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